LifeStart na prática: vacas mais produtivas e longevas.

  • 2025
17/07/2025

Um artigo publicado recentemente, conduzido no centro de pesquisas da Trouw Nutrition comprovou a importância da fase de aleitamento na vida futura dos animais.

86 bezerras foram divididas em 2 grupos: grupo LifeStart (recebendo 8 litros de Sprayfo/dia a 15% sólidos) e grupo restrito (recebendo 4 litros de Sprayfo/dia a 15% sólidos). Os animais foram desaleitados aos 50 dias. Após este período, todos os animais foram manejados de forma idêntica, sem distinção dos tratamentos, até o final do experimento.

Os animais do grupo LifeStart ganharam mais peso na fase de aleitamento (0,79 vs. 0,49 kg/d) e permaneceram mais pesados após o desaleitamento (94 vs. 85 kg).

Na primeira lactação, vacas do grupo LifeStart apresentaram maior ingestão de matéria seca (+ 0,7 kg/d), maior produção (+ 50 g/d) e teor de gordura do leite (+ 0,24%).

 Na segunda lactação, a produção de leite corrigida para gordura e proteína (+ 1,8 kg/d), a produção de gordura do leite (+ 115 g/d), o teor de gordura do leite (+ 0,22%) e a eficiência alimentar (+ 0,06) foram todas maiores para vacas do grupo LifeStart.

Além disso, vacas do grupo LifeStart tiveram uma maior taxa de concepção na primeira cobertura durante a segunda lactação em comparação com o grupo restrito (40,7 vs. 13,0%).

E um dos pontos mais interessantes do estudo: a probabilidade de serem descartadas antes do terceiro, quarto ou quinto parto foi reduzida pela metade para os animais do grupo LifeStart frente aos animais do grupo restrito.

Este estudo comprova a importância do excelente manejo na fase de aleitamento, visando animais mais produtivos e longevos no futuro.

Este estudo teve como objetivo investigar o impacto da ingestão de nutrientes pré-desmame na produção de leite das 2 primeiras lactações, risco de descarte e perfis metabolômicos em vacas leiteiras alimentadas com suprimento de leite restrito (RES) ou elevado (ELE) pré-desmame. Um total de 86 bezerras fêmeas Holstein Friesian foram aleatoriamente designadas para receber 5,4 Mcal de EM em 8 L de MR/d (ELE) ou 2,7 Mcal de EM em 4 L de MR/d (RES) do dia 2 após o nascimento até que fossem reduzidas em 50% do dia 42 ao dia 49 e totalmente desmamadas no dia 50. A partir do dia 50, os animais de ambos os tratamentos foram alimentados e manejados da mesma forma, com os tratamentos sendo cegos, durante toda a duração do estudo. Aos 60 dias em lactação (DIM) na primeira lactação, amostras de sangue foram coletadas para análise metabolômica. Novilhas alimentadas com a dieta ELE apresentaram maior GMD (0,79 vs. 0,49 kg/d) no período pré-desmame, levando a maior PC aos 70 dias de idade (94 vs. 85 kg). Na primeira lactação, vacas alimentadas com a dieta ELE pré-desmame apresentaram maior IMS (+ 0,7 kg/d), maior produção de gordura do leite (+ 50 g/d) e teor de gordura do leite (+ 0,24%), mas menor eficiência alimentar (-0,04) em comparação com o grupo RES. Na segunda lactação, a produção de leite corrigida para gordura e proteína (+ 1,8 kg/d), a produção de gordura do leite (+ 115 g/d), o teor de gordura do leite (+ 0,22%) e a eficiência alimentar (+ 0,06) foram todas maiores em vacas ELE. Ao longo dessas 2 lactações, as vacas ELE estavam mais magras, conforme indicado por um menor ECC. Vacas alimentadas com a dieta ELE antes do desmame tiveram uma maior taxa de concepção na primeira cobertura durante a segunda lactação em comparação com RES (40,7 vs. 13,0%). Além disso, a probabilidade de serem descartadas antes do terceiro, quarto ou quinto parto foi reduzida pela metade quando os bezerros foram alimentados com ELE em comparação com RES. O perfil metabolômico revelou perfis metabolômicos distintos aos 60 DIM em resposta ao suprimento de leite antes do desmame. As principais vias metabólicas afetadas pelo suprimento de nutrientes antes do desmame aos 60 DIM foram pirimidina, esfingosina, guanidino e acetamido, metabolismo da purina e o ciclo do ácido tricarboxílico. As diferenças no perfil metabólico entre os grupos descrevem uma configuração metabólica que foi sustentada na idade adulta e que pode explicar a produtividade e a resiliência melhoradas das vacas alimentadas com um maior suprimento de leite durante o período pré-desmame.