Trouw Nutrition destaca nutrição estratégica para manter o desempenho de gado de corte nos dias mais frios
- 2025

A chegada de uma nova onda de frio traz desafios no campo, como a perda de desempenho dos animais e até mortalidade em casos severos
Uma nova onda de frio chegou nesta semana com impacto especialmente nas regiões sul e sudeste. Este quadro desafia os produtores de gado de corte na manutenção da saúde e da produtividade no campo. Isso porque o estresse térmico devido à queda brusca de temperatura leva o animal a reduzir o consumo de matéria seca e traz dificuldade para manter a temperatura corporal.
Essa combinação leva à queda na produção de calor pelo metabolismo e, consequentemente, a perda de desempenho, explicou o zootecnista e doutor em pastagens e nutrição pela Unesp – Campus Jaboticabal e gerente técnico de Gado de Corte da Trouw Nutrition nas regiões Centro-Oeste e Sul, André Alves de Oliveira.
“Em situações de frio intenso e prolongado, com temperaturas abaixo da zona de conforto de animais da raça Nelore, de 15º C, especialmente como acontece no sul do país, a redução no desempenho pode variar de 10% a 30%, e pode ser ainda maior. Situações mais severas, com vento, chuva e lama levam a perdas significativas de peso”, explica o especialista, que alerta que a situação piora quando a frente fria vem acompanhada de chuva por período prolongado, cenário que aumenta o estresse térmico e pode levar o animal a quadros de hipotermia e até a morte em casos mais graves.
Estratégia nutricional para manter desempenho em dias frios
De acordo com ele, uma estratégia nutricional bem direcionada pode ser aliada de primeira hora do produtor para enfrentar este desafio. “A cada 1ºC abaixo da temperatura de conforto térmico, a exigência de energia para mantença aumenta entre 1% e 2%, dependendo da situação. Animais com programas nutricionais básicos, com suplementação mineral insuficiente e pastagens ruins tendem a perder peso durante o frio se a nutrição não for ajustada. Por outro lado, uma nutrição adequada, com suplementação mineral proteica ou proteico-energética correta, ajuda o animal a reduzir as perdas, mantendo o ganho de peso ou, pelo menos, evitando a perda”, ressalta Oliveira.
Neste cenário, o especialista recomenda uma suplementação de 0,1% a 0,5% do peso vivo do animal, podendo chegar a 1% em casos de pastagem muito pobre ou animais debilitados. Além disso, ele destaca a importância de manter o programa sanitário atualizado. “É essencial para garantir a resistência dos bovinos”.
Para o inverno, Oliveira lembra de linhas específicas de suplementos, como a Lambisk e o BellPeso SV, que são indicadas para animais a pasto, proporcionando energia e proteína necessárias para superar o estresse térmico. “O Lambisk é uma linha de proteicos para fornecimento de 0,1 a 0,2% de peso vivo em boas condições de pastagens. O BellPeso SV é um proteico energético para fornecimento de 0,3% a 0,5% para situações com piores condições de pastagens”, explicou. No confinamento, a recomendação é aumentar a densidade energética da dieta para compensar a queda no consumo, além de evitar a formação de lama, que piora o estresse, e um maior controle da densidade animal nas baias.
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